segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Artigo Científico

A INFLUÊNCIA DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS PARA A CRIANÇA HOSPITALIZADA

Rafael Correia Lima¹

¹ Licenciado em Artes Plástica (UBC), Licenciado em Pedagogia (Uninove) e aluno de Pós-Graduação em Pedagogia Hospitalar pela Faculdade Método de São Paulo.


Resumo

A hospitalização pode ter sérios causadores negativos para o desenvolvimento educacional e emocional da criança. Este trabalho tem como objetivo apontar a influência das linguagens artísticas, bem como, as artes visuais, a musicalidade, a dança, os jogos teatrais e brincadeiras, como método de apoio ao pedagogo hospitalar para que possa se apropriar dessas modalidades junto ao trabalho desenvolvido na classe hospitalar. Traz algumas legislações e situações enfrentadas no âmbito legal do direito da criança hospitalizada. Abrange intervenções que a equipe hospitalar e o pedagogo podem desenvolver no resgate a infância elencada a enfermidade. Do cotidiano anterior ao internamento, social, passando pelo processo sofrido no ambiente hospitalar e o retorno à vida social comum, quando este acontece.

Palavras-chaves: Criança. Arte. Atenção. Hospital.

Abstract

Hospitalization may be causing serious negative emotional and educational development of the child. This paper aims to point out the influence of artistic languages​​, as well as the visual arts, the musicality, dance, theater games and play as a method to support the educator hospital so you can take ownership of these modalities together to work on hospital class. Brings some laws and situations faced in the legal right of the hospitalized child. Covers interventions that the hospital staff and the teacher can develop in the rescue elencada childhood illness. Everyday before admission, social, going through the process undergone in the hospital and return to the common social life when this happens.

Keywords: Child. Art. Attention. Hospital.


Introdução

Atualmente muito se fala em educação e saúde na sociedade contemporânea, associando uma parceira de valores físicos e emocionais ao tratamento patológico da criança. O crescimento elevado de descobertas tecnológicas e inovações tem trazido reflexos sociais parcialmente provocados na humanidade, impossibilitando-o e tornando o ser humano vulnerável, retirando paralelamente a estabilidade emocional-afetiva e saudável do indivíduo. É comum hoje, a criança desenvolver seu psico intelecto mais do que na Idade Média, porém a vida está com menos qualidade emocional.
Fundamentado nas leis brasileiras e em diversas obras bibliográficas e artigos da Pedagogia Hospitalar para a atuação em classe / escolarização hospitalar no Brasil, o profissional passa a atuar no campo psicossocial da vida da criança hospitalizada, influenciando suas habilidades artísticas para a vida social saudável.
Acredita-se que, quando o assunto se trata do estado emocional do ser humano, tudo pode e é possível para ser resgatado e até chegar à cura, pois segundo Ferreira; Remedi; Lima (2006), afirma que instituições de saúde de todo o mundo já reconhece o valor social e emocional que a arte possui aplica à medicina, e sua influência é comprovada e crescente nos hospitais.
Muitas formas de expressões artísticas podem ser desenvolvidas e vem sendo realizadas, bem como a pintura, o desenho, a música, o jogos, o teatro e as brincadeiras.
No exercício da vida, o cotidiano das pessoas em geral, tanto adulto ou criança, procura-se uma forma de afeto, um carinho ou um sentimento em tudo o que acreditamos que possa trazer uma satisfação plena de alegria, mesmo que esta seja passageira, momentânea, mas o importante para o ser humano é acreditar que a vida pode ser diferente, e que o nosso amanhã pode ser melhor do que o de dia hoje.
Necessitamos de atenção[1] a todo instante, precisamos de estímulos, provenientes das mais diversas fontes, porém só atendemos a alguns deles, pois não seria possível e necessário responder a todos. É um processo de extrema importância em determinadas áreas, como na educação, já que se exige, por exemplo, de um aluno que preste atenção às matérias lecionadas pelo professor, ignorando outros estímulos visuais, sonoros ou outros, como o que se está a passar fora da sala de aula. Quanto à fonte de estímulo podemos ter estímulo visual, auditivo e sinestésico.
No entanto, grandes causas e tragédias ocorridas no meio da humanidade estão diretamente ligadas aos sentimentos emocionais. Porém, serão abordados apenas os efeitos dos quais se levam ao desenvolvimento psicológico da doença que impossibilita a vida social em que o indivíduo foi inserido e deveria permanecer até a fase da internação.
O bom humor é uma peça fundamental para que a criança esteja sempre ativa, ligados diretamente, sendo um ponto de proteção e apoio a infância e a recuperação. Sendo assim, Kryminice; Cunha (2010) diz que é possível oferecer atividades que incentive a criatividade e o bom humor.
A importância de influenciar artisticamente no ambiente hospitalar, precisa ser de forma construtiva para que a criança sinta-se capaz a enfrentar a sua vida social cotidiana junto à escolarização e aos sintomas que ela enfrenta patologicamente, tornando possível um vínculo mais humanizado, e não de amizade entre o hospital e a criança.

Sendo assim, faz-se necessário um trabalho harmonioso entre os múltiplos profissionais que atuam em contexto hospitalar, pois cada um tem sua contribuição e valor neste processo de cura do enfermo; sendo um estímulo para a sua recuperação e a retomada à sua vida social. (KRYMINICE; CUNHA, 2010, p.177)


Algumas Legislações que regulamentam a Educação e a Arte no hospital

Podemos encontrar uma infinidade de Leis e Decretos que amparam e regulamenta a Classe Hospitalar, no Ensino Básico obrigatório e em específico a Arte no contexto hospitalar. Podemos encontrar na Constituição Federal de 1988, que dispõe em seu artigo 227 que:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Assim, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) pela lei 8.069 de 13 de julho de 1990 e suas atualizações diz que:

Artigo 4º - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2010).

Entende-se que a criança e o adolescente não perdem os direitos à educação, à cultura, ao lazer, nem quando a mesma está em fase de internação, apesar de não fazer menção à hospitalização.
Podemos então adaptar os espaços do hospital para a realização de uma apresentação de dança ou de teatro, de uma ópera, ou eventos orquestrais, até mesmo uma galeria de arte.
Assim, a criança tem total direito e “com absoluta prioridade” a tudo quanto está especificado na lei, que lhe assegura todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, descrito no artigo 3º do E.C.A./1990. Ainda diz que é dever do Estado, artigo 54, assegurar à criança e ao adolescente o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, dentre outros, o transporte, a alimentação e a assistência à saúde (BRASIL, 2010).

Artigo 58 - No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura (BRASIL, 2010).

É necessário, fazer cumprir com as obrigações impostas e incumbidas ao poder público, ao estado e aos municípios que por sua vez, tem a função de estimular a destinação de recursos e espaços para programações culturais conforme o artigo 59 do E.C.A./1990 (BRASIL, 2010) e artigo 71 - A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
Cada criança é única e para um bom relacionamento entre a educação e o tratamento médico, é bem vindo em todas as circunstâncias da vida a união entre a equipe hospitalar e o trabalho pedagógico através do pedagogo hospitalar para o desenvolvimento do conteúdo e a criança internada. E em necessidades educacionais especiais,

[...] expressas na LDB/1996, o Art. 13 da Resolução n. 02/2001 determina que os sistemas de ensino, mediante ação integrada com os sistemas de saúde, devem organizar o “atendimento educacional em ambiente domiciliar” para os alunos impossibilitados de frequentar as aulas, por longos períodos, em razão de problemas de saúde (FONTANA; SALAMUNES, 2010, p.54).

Analisando a Convenção sobre os Direitos da Criança, instituída pelo Decreto 99.710, de 21 de novembro de 1990, no artigo 75, diz que, toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos classificados como adequados à sua faixa etária e no artigo 20, as crianças privadas temporária ou permanentemente do seu meio familiar, ou cujo interesse maior exija que não permaneçam nesse meio, terão direito à proteção e assistência especiais do Estado e incumbindo que os estados partes garantirão, de acordo com suas leis nacionais, cuidados alternativos para essas crianças.
Observamos também, no artigo 25 que:

Os Estados Partes reconhecem o direito de uma criança que tenha sido internada em um estabelecimento pelas autoridades competentes para fins de atendimento, proteção ou tratamento de saúde física ou mental a um exame periódico de avaliação do tratamento ao qual está sendo submetida e de todos os demais aspectos relativos à sua internação (BRASIL, 2010, p.111).


A legislação brasileira reconhece o direito das crianças e dos jovens hospitalizados ao atendimento pedagógico-educacional, através da  Declaração do Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizado que decorreu da formulação da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, com a chancela do Ministro da Justiça em 1995, apontando que essa modalidade de atendimento denomina-se “Classe Hospitalar”, prevista pelo Ministério da Educação e do Desporto em 1994, por meio da publicação da Política Nacional de Educação Especial (MEC/SEESP, 2002).
Podemos encontrar outras legislações no âmbito estadual e municipal desta imensa nação que para cada território faz-se necessário de acordo com suas necessidades específicas e institucionais.
É importante que o pedagogo hospitalar utilize a prática das linguagens artísticas através de parcerias entre a Secretaria da Educação e da Saúde e até mesmo a Secretaria da Cultura, que possibilitará momentos mágicos, proporcionando a criança hospitalizada grande alegria, diversão e satisfação, para amenização das dificuldades e do tratamento patológico.
O responsável pelo regimento escolar hospitalar é a secretaria que estiver ligada direta ou indiretamente ao hospital, sendo ela, federal, estadual, municipal ou particular. Que subsidiará os custos financeiros para a contratação do professor para a execução do trabalho pedagógico com conforto e segurança, obedecendo às normas de saúde do hospital e do prontuário do paciente, abordando temas educativos para a vida social de qualidade.

O rompimento com a vida social

A criança hospitalizada em qualquer fase de desenvolvimento, do hospital em que está inserido, da enfermidade, do grau de risco, ou qualquer outro fator relevante que se faz necessária à internação, é sempre um ser humano que necessita de atenção mais aproximada que o ser humano não hospitalizado. A realidade histórica da medicina mostra que o hospital, apesar do nome, ainda é um espaço pouco hospitaleiro (FERREIRA; REMEDI; LIMA, 2006, p.689).
Ela, na maioria das vezes se sente incapaz, impotente e inconsciente de seus atos, pois não tem domínio sobre o próprio corpo, que anteriormente não necessitava de cuidados específicos, apesar de suas limitações diária, enfrentada pela enfermidade. Após a entrada ao quadro clínico hospitalizado, não se tem mais certeza de nada em sua vida, tanto dentro ou fora do hospital.

No caso das crianças, o adoecimento favorece alterações na sua vida, como um todo, podendo, muitas vezes, desequilibrar seu organismo interna e externamente, o qual, em consequência disso, gerará um bloqueio no seu processo de desenvolvimento e comportamento saudável, especialmente se a doença for longa (VALLADARES; CARVALHO, 2006, p.351).

            O paciente, só sabe o dia e a hora que faz a entrada na internação, mas a tão esperada e sonhada “alta médica”, normalmente é incerta. Em determinadas circunstâncias o próprio médico responsável pelo tratamento desconhece, como será as reações físicas e quando chegará à normalidade. Quando o mesmo chegará ao retorno à vida social. Pois há casos que não existe este retorno, chegando ao óbito, para muitas crianças, a vida se finda no ambiente hospitalar.
A dor[2] que a criança é submissa a passar é às vezes sentida de forma, inesperada e inconscientemente. Pois, a criança hospitalizada sabe, aonde, em qual lugar, em que tamanho, de qual espécie, ela vem e é sentida.
Tanto no caso físico, como no psicológico a dor é mais intensa em seu estado emocional, pois se relaciona com a falta de algo, com a ausência e o rompimento direto com a vida social ou as pessoas que a rodeiam.
Segundo Ferreira; Remedi; Lima (2006) a distância que o ambiente hospitalar coloca a criança é notavelmente percebida, porque o espaço afasta a criança da vida social, de seus objetos pessoais, do seu ritmo de vida, causando grande aborrecimento e maus sentimentos, além de alterações psicopatológicas graves.
É válido lembrar que o paciente é único e sua dor é individual e se não tratada emocionalmente pode abalar de forma a piorar seu estado clínico.

[...] a hospitalização para a criança, já física e emocionalmente agredida pela enfermidade, representa o afastamento de seu ambiente doméstico, do seu cotidiano, local em que vinha ocorrendo o desenvolvimento de seu repertório motor, social, emocional e intelectual (FERREIRA; REMEDI; LIMA, 2006, p.690).

Faz-se necessário ocupar a mente de forma prazerosa, isso faz com que a criança esqueça parcialmente da dor, da tristeza, dos problemas enfrentados. Pois o pensamento é uma arma poderosa e deve ser muito bem utilizado. Se feito de forma negativa acarreta uma série de outros problemas e consequências adversas ao tratamento patológico. Pensar e exercitar o poder da mente de forma positiva, é sempre muito bem vindo, favorece na recuperação da saúde e proporciona uma mente sadia.
Nem sempre a criança adquire esta ação de enxergar tudo de bom em que lhe acontece, pois a serenidade é algo que se conquista após um árduo trabalho emocional e muita disciplina, que anteriormente ela não desenvolveu, frente à sua vida social, as brincadeiras e seu cotidiano.
            A criança internada é um ser que precisa trabalhar muito o seu psicológico e suas habilidades, pois necessita de uma paciência extraordinária, uma vez que ela não detém mais de seus poderes sobre o seu corpo e parcialmente sua vida está nas mãos dos outros, como ouvimos popularmente.
A rotina passa a ser outra, pois as horas no ambiente hospitalar não costuma passar com a mesma velocidade que se passa no cotidiano anterior, onde outrora preenchido com idas e vindas à escola, a sua casa e no espaço familiar.

O desenvolvimento infantil é um processo complexo, que envolve as diferenças individuais e as específicas de cada período, como mudanças nas características, nos comportamentos, nas possibilidades e limitações de cada fase da vida, indistintamente. Por isso, a singularidade das crianças lhes é conferida por influências de seu ritmo próprio de desenvolvimento e por características pessoais que as diferenciam das demais (VALLADARES; CARVALHO, 2006, p.351).

Até a alimentação têm outros horários que nem sempre é o vivenciado anteriormente, costumando antecipar-se desde o café da manhã, acordando mais cedo, pela manhã ainda servindo o almoço, após o lanche na tarde, ao horário do jantar e finalizando o chá da noite antes de dormir, sendo todos adiantados.

Autores de diversas áreas de conhecimento têm discutido os efeitos dos processos de hospitalização sobre o desenvolvimento infantil, destacando que além das mudanças na rotina e nos hábitos de sono, higiene e alimentação, a criança é submetida a situações sobre as quais não tem muita escolha [...] (FERREIRA; REMEDI; LIMA, 2006, p.689).

Portanto, este rompimento, é executado inesperadamente com a vida social, sem um preparo, de forma que o psicológico da criança não foi trabalhado para o momento. É necessário incentivar o psicoemocional e educativo, de forma primordial para o tratamento da enfermidade, segundo Kryminice; Cunha com o objetivo de promover a saúde mental integral do enfermo, busca-se por meio da realização de atividades lúdicas e educativas, preservar o lado saudável da criança e adolescente, durante o processo de hospitalização (2010, p.179).
A realidade vivenciada pela criança internada é compartilhada com o seu leito, que anteriormente era compartilhado com uma cama. Ela perde o seu espaço, a sua identidade e passa a ser mais um quadro clínico em que necessita de atenção exclusiva de uma equipe que trabalha em prol da sua saúde.

 Atenção emocional por meio da arte

“O ensino de Arte deve promover nos alunos o surgimento de um olhar diferenciado, capaz de transformá-los em leitores de verdade do mundo à frente deles”.
Mirian Celeste Martins

Estabelecer um paralelo entre o ensino regular e as linguagens artísticas, sendo elas a musicalidade, a dança, as artes visuais, os jogos teatrais e as brincadeiras, pode-se resgatar um avanço no tratamento físico da criança.
O pedagogo hospitalar pode organizar saraus literários, oficinas de arte e outras atividades, sempre partindo do professor-educador, especialmente liderado no meio artístico, ligando o ensinar diretamente com as habilidades da criança, para que floresça no indivíduo interesse e conhecimento por algumas destas linguagens.

Este novo papel com que se depara a Pedagogia Hospitalar compreende os procedimentos necessários à educação de crianças e adolescentes hospitalizados, de modo a desenvolver uma singular atenção pedagógica aos escolares que se encontram em atendimento hospitalar na concretização de seus objetivos (MATOS; MUGIATTI, 2006 apud KRYMINICE; CUNHA, 2010, p.176).

Dar a oportunidade para a criança hospitalizada ter em sua nova residência a oportunidade de apreciar e compartilhar emoções e apreciações artísticas, não é só fazer com que ela cresça em seu repertório cultural, é fazer ela sentir-se especial e viva, capaz de imaginar e criar, pois mesmo neste momento em que ela se encontra, seu cognitivo está se desenvolvendo.
Levar cultura ao hospital, não necessariamente precisa ter a mesma qualidade e produção de uma peça ou obra profissional, mas precisa ter o objetivo especial de reeducar para a vida sadia em perfeitas condições, pois a...

Arte é vida e não se restringe a museus e exposições, concepção esta ultrapassada, poderá ser explorada de forma mais ampla e utilitária; além dos muros da escola, atingindo outros espaços, como os hospitais, podendo tornar-se um instrumento na recuperação de crianças hospitalizadas (KRYMINICE; CUNHA, 2010, p.175).

A criança, precisa se sentir especial psicologicamente, sabendo que uma equipe inteira trabalha a seu favor, no momento em que ela está debilitada fisicamente.
Assim, atrair a atenção da criança internada para as linguagens artísticas é mudar o foco, pois a cultura diretamente inserida no hospital é um atrativo que age no fator emocional, possibilitando a troca mental da situação em que se encontra para outra vivenciada no momento mágico da arte, mesmo sendo ela momentânea.

Participando de atividades relacionadas às múltiplas linguagens artísticas, é possível que a criança internada conheça e entenda o momento em que está passando e possa enfrentar tudo de forma mais aceitável, resgatando assim sua autoestima e confiança [...] (KRYMINICE; CUNHA, 2010, p.178)

Ainda assim, possibilita o contato com o mundo real, da qual já não se vive mais, não faz parte mais da sua realidade,

O professor pode ir de encontro diretamente com o diagnóstico do aluno, enfatizando o respeito à diferença, trabalhando com as discriminações e as razões pelas quais ela aparece. Por exemplo, os atributos relacionados à sensibilidade artística costumam ser associados ao feminino e um garoto que mostra aptidão muitas vezes sofre pelas gozações dos colegas (PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS).

O momento em que a arte, funciona como uma terapia emocional possibilita a criação de novas ideias de preferência que sejam cheias de alegria, para fluírem livremente em cada corpo.

Trabalhando com a musicalidade
[   ] Comida (Titãs)
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...

O Trecho da música acima é o exemplo da necessidade da criança hospitalizada, que necessita de diversão e arte, o psicológico do paciente pede comida, mas de uma comida diferente, certamente, a comida de sua casa ou de um restaurante mais gostoso que conheça, o mais interessante é que “a gente quer saída, para qualquer parte”. Do que você precisa? Você precisa de quê? Eu preciso viver e viver me dá o direito a cultura, a diversão e a arte.
A música[3] é a nossa fala cantada, o nosso interior de forma mais do que especial, ela é feita para diversos estilos, fases, sabores e gostos, portanto, não há um sujeito, que não goste, não compreenda ou não aceite, apenas nossos queridos pacientes que já não dispõem do ouvir, por se tratar de um quadro clínico especial, mas lembrando de que mesmo assim, suas vibrações podem ser sentidas, no interior de cada um, diretamente ligados ao coração, se a mesma, estiver sendo executada num volume e vibração mais forte. A música

[...] pode ser um instrumento importante para o trabalho humanizador, sendo capaz de transmitir os sentimentos e traduzir os significados de suas relações com o mundo; utiliza bastante a sensibilidade, a criatividade, a inovação e o senso crítico, além de trabalhar a autoestima, que muitas vezes a criança internada pode estar carecendo (KRYMINICE; CUNHA, 2010, p.177).

A melodia da música em outros momentos pode complicar, pois dependendo de seu estilo, pode causar irritação, raiva, revolta, ou apelo contrário no qual está sendo proposto, fazendo necessária à consulta ao prontuário do paciente e um prévio conhecimento do indivíduo quanto à aceitação da mesma.

Trabalhos recentes apontam que a música pode reduzir a tensão e a ansiedade ocasionadas por situações estressantes, como a hospitalização, além de contribuir para a diminuição da dor e melhorar a qualidade do sono, é, portanto, um valioso método de distração (FERREIRA; REMEDI; LIMA, 2006, p.690).


Trabalhando com a linguagem da dança

É difícil associar a linguagem da dança quando tratamos com crianças que requerem um cuidado especial fisicamente, mas a mesma tem a função de alegrar, encorajar, desinibir, soltar, deixar livre, leve e solto, pois ela necessita de um desempenho para cada estilo que usa diretamente o corpo humano, normalmente que já não se dispõe no quadro clínico a pessoa internada. A dança,

[...] amplia a área de atuação do pedagogo, desafiando-o diariamente, pois trabalha com limitações corporais, com a dor e a doença, portanto, esta proposta deve acrescentar algo de positivo, contribuindo neste período de permanência no hospital, para esta (e) criança/adolescente hospitalizada (o). (KRYMINICE; CUNHA, 2010, p.186).

Mas, mesmo assim, tem a função de apreciação nos olhares, de encorajamento e fortalecimento, de leveza e delicadeza, para que possa a criança dispor de entusiasmo para a soltura, para a dedicação e a recuperação, que possa servir também de cobiça. Ela sempre vem acompanhada com a música que entra em outra linguagem artística fascinante, pois já traz uma aceitação melhor de uma linguagem a outra.
A dança não caminha sozinha, literalmente, ela sempre está acompanhada, com a música, para que seja feito o seu sucesso e na maioria das vezes, acompanhada de outro corpo, levando em consideração que:

O aspecto biológico da doença/hospitalização, portanto, não ocorre de forma isolada. Faz ele parte de um intricado complexo de sistemas, dentre os quais os de natureza psicológica e social se associam num íntimo e intenso entrelaçamento (MATOS; MUGIATTI, 2006 apud KRYMINICE; CUNHA, 2010, p.176).

Possibilita a criança grande interesse e curiosidade, mas que, segundo Fonseca (2003, p.65) cada criança tem seu próprio ritmo e absorve de forma diferente de acordo com seu interesse e necessidade. Lembrando que a mesma também necessita de uma consulta prévia ao prontuário, pois mesmo assim deve ser introduzida suavemente, com um foco lúdico e apreciativo.

Trabalhando com artes visuais

As artes visuais estão presentes na vida infantil, ao desenhar, rabiscar ou pintar, a criança expressa suas interpretações e impressões sobre a vida.

As produções artísticas das crianças mostram-nos muita coisa. A criança revela-se diretamente e sem receio. Para ela, a arte é mais do que um passatempo, é uma comunicação significativa consigo mesma, é a seleção daqueles aspectos do seu meio, com que ela se identifica, e a organização desses aspectos em um novo e significativo todo. A arte é importante para a criança. É importante para os seus progressos de pensamento, para o seu desenvolvimento perceptual e emocional, para sua crescente conscientização social e para seu desenvolvimento criador (LOWENFELD; BRITTAIN, 1977 apud KRYMINICE; CUNHA, 2010, p.182).

As artes visuais são linguagens e, portanto uma das formas mais importantes de expressão e comunicação humana, o que por si só justifica sua presença no contexto da Educação Básica de um modo geral e na Educação Infantil principalmente.
O trabalho pedagógico com as artes visuais faz com que o mesmo entre em contato com o universo da arte; após apreciar e ter informações sobre uma determinada obra, material ou técnica a criança pode reproduzir a mesma, desenvolvendo suas habilidades com a imaginação e ampliando seu repertório cultural.
Além do valor educativo, ainda promove a criatividade e a sensibilidade constituindo um meio de obter e de gerar conhecimentos, pois permite a transferência das ideias e imagens mentais para as representações caracterizadas pelas expressões simbólicas da arte,

[...] é um meio de expressão, comunicação e linguagem, pois além de ser terapêutica sob diversas formas, o simples fato de o indivíduo se expressar plasticamente já é uma catarse[4]. Através da arte pode-se, também, aliviar a tensão e o estressem como uma forma de dizer coisas não aceitas socialmente [...] (VALLADARES; CARVALHO, 2006, p.353).

É necessário, neste ambiente, trabalhar com a leitura de obra, onde o paciente internado possa falar sobre a obra, ao observá-la, desenvolvendo sua linguagem oral, trazendo o conhecimento de si mesma e associando a cena da imagem com a vida social comum que ela está ou estava inserida.
É aconselhável que realizem uma observação livre das imagens e que possam tecer os conteúdos que quiserem, possibilitando o trabalho com imagens de produção artística regional, nacional ou internacional.
Também é interessante fazer exposições dos trabalhos artísticos no hospital onde possibilite que as crianças desenvolvam relação entre as representações visuais dos outros e suas produções pessoais, enriquecendo seu conhecimento de mundo, das linguagens das artes e instrumentalizando-as como leitoras e produtoras de trabalhos artísticos.

O trabalho com arte é uma proposta que humaniza o ambiente hospitalar, alegra, encanta, contagia, em meio a um momento em que o mundo passa por conflitos, e no contexto hospitalar se a luta é pela vida, nada como conquistar aliados nesta jornada pela qualidade no atendimento [...] (KRYMINICE; CUNHA, 2010, p.186).
Quando a criança desenha livremente, expressa aquilo que pensa e sente. Por meio de suas criações/atividades percebemos seu conhecimento intelectual, sua maturidade emocional e social, seu interesse e conflitos, assim como sua capacidade criadora. É através do papel expressando a arte que conseguimos determinar e conhecer o nosso público alvo. Trazendo consigo uma história, ocasião, de vida vivida ou imaginária, despertando saudade ou esperança, para o retorno ao ambiente social comum.
As artes visuais possuem várias vertentes e variantes, abrange grandes opções para diversos gostos, lembrando que até mesmo a criança não alfabetizada consegue expressar suas emoções por meio do desenho e da pintura, sendo,

[...] uma forma de expressão livre, sendo uma tendência natural de comunicação; presente no ser humano, desde a mais tenra idade, os processos criadores refletiam nas brincadeiras, nos jogos e também por meio do desenho e da pintura. Sendo assim, poderá ser utilizada pela criança/adolescente como um meio para manifestar seus sentimentos, suas experiência e sua realidade (KRYMINICE; CUNHA, 2010, p.181).

A figura da imagem está diretamente associada ao prazer, ao sentimento, só conseguimos expressar no papel, aquilo que temos de mais importante para nós, não é a toa que todo o indivíduo tem um desenho que faz com maior frequência, que se torna repetitivo em diversas ocasiões e momentos da nossa vida a execução do mesmo no papel, sendo por meio desta linguagem artística que conseguimos direcionar o olhar do nosso aluno internado para o gosto pela arte.
É possível criar um espaço na classe hospitalar, que possibilite o contato com variadas formas de arte, e que assim, as crianças tenham a oportunidade de visualizar e conhecer sobre o universo da arte. Além de decorar, torna o ambiente alegre, tranquilo e pacífico, atraindo os olhares para um mundo imaginário, que age diretamente no repertório cultural de cada criança.

Trabalhando com os jogos teatrais e brincadeiras

A linguagem teatral é para cada cidadão de qualquer idade, o momento em que ele se vê em determinada situação da qual não faz parte da sua realidade, portanto sua execução na classe hospitalar é de imenso valor.  Tanto para o tema que deve nortear a realidade e não aplacar os problemas, mas sim, educar para o retorno a vida social, aguçando a imaginação e a interpretação da criança.
Os jogos teatrais e brincadeiras, segundo Kryminice; Cunha, é uma necessidade em todas as etapas do desenvolvimento, a recreação realizada no hospital pode oportunizar atividades que estimulem a criatividade e o bom humor (2010, p.183).
Lembrando que em qualquer situação o brincar associado à linguagem multimídia conhecida como cinema e suas vertentes, são peças fundamentais, na vida do ser humano, pois é no exemplo da vida do outro que direcionamos a nossa imaginação.
O teatro pode ser apreciativo, assistido e até mesmo participativo, por meio de jogos teatrais e brincadeiras de rodas onde o paciente possa ser incluído.

Brincar é muito importante para a criança, pois é por meio desta ação que ela usufrui de plenas oportunidades que lhe possibilitam desenvolver novas competências e aprender sobre o mundo, sobre as pessoas, e sobre si mesma (Debortoli, 2000). Tudo isso se dá no ritmo próprio de cada criança e de acordo com os seus interesses e necessidades, aspectos esses bastante relevantes para um desenvolvimento harmônico e equilibrado [...] (FONSECA, 2003, p.65).

Os jogos teatrais e brincadeiras trabalha muito a questão da ludicidade que apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana, tornando-se assim essencialmente necessária para a introdução das linguagens artísticas na sua função pedagógica, toda a criança, mostra uma resistência do desconhecido, quando o assunto é ensino aprendizagem e até ao professor diretamente. Mas quando o pedagogo se apropria da ludicidade suas aulas tornam-se mais prazerosas e vantajosas, segundo Fonseca (2003) é importante encontrar diversas maneiras de estímulos para a aprendizagem do aluno hospitalizado.

“O lúdico é eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação”.
Santo Agostinho

A presença do lúdico é constante no trabalho com os jogos teatrais , pois permite que a criança crie, imagine e faça de conta às coisas, invente personagens e momentos.

Por isso, ao utilizar propostas de jogos e atividades, é preciso ter definido os objetivos e saber escolher o jogo adequado ao momento educativo. Quando a criança se expressa corporalmente, incorpora valores, conceitos e conteúdos. O que está sendo oferecido, em grande parte, já é bastante utilizado, porém o mais importante é possibilitar ao aluno a oportunidade de criar junto, discutir as regras e explorar ao máximo esse momento de conhecer as finalidades de cada jogo. E levar em conta a bagagem cultural de cada um (ALMEIDA, 2011, p.5).

Trabalhar com as brincadeiras permite a criança fazer amigos, se divertir, melhorar a interação, exaltar qualidades e melhorar a socialização do grupo nesta situação. Segundo Almeida (2011, p.5), quando uma criança se relaciona com a outra, elas buscam um consenso, tudo faz com que a criança aprenda.
A arte como parte integrante fundamental deste trabalho no hospital juntamente com as atividades literárias e pedagógicas, oportunizará a recuperação das moléstias enfrentadas no ambiente inserido, possibilitando nossas visões, ampliando o crescimento cultural, a situação encontrada e dando uma nova oportunidade a quem a vida não fechou as portas.
De acordo com Kryminice & Cunha (2010, p.176) fazendo um elo harmonioso entre os profissionais no ambiente hospitalar em prol da evolução e cura da criança hospitalizada, é um forte estímulo para seu retorno à vida social. Portanto,

[...] o papel pedagógico-educacional do professor da escola hospitalar, se definido ecologicamente (BronfenbrenneR, 1979), não é restritivo, mas lhe assegura transitar lado a lado com os demais profissionais do hospital, auxiliando-os em suas percepções e nas decisões para efetividade das intervenções junto aos pacientes, que também são os alunos da escola hospitalar, e seus familiares [...] (FONSECA, 2003, p.30).

Cada linguagem artística tem seu grau de importância, pois desenvolve habilidades diferenciadas no indivíduo para sua recuperação. A criança é movida por emoções e sentimentos e neste momento necessita muito mais de atenção, sendo ela, educacional amparada pelas linguagens artísticas no hospital, pode trazer sucesso para o tratamento psicológico da criança.

O trabalho continua...

O processo de internação é tão complicado para a criança hospitalizada, que o emocional é mais afetado que o físico. É um processo muito gradativo e destrutivo,

[...] a hospitalização pode se constituir em obstáculo ao desenvolvimento psicossocial normal das crianças e, assim, frente ao exposto, considera-se que o trabalho de arteterapia junto às crianças hospitalizadas torna-se fundamental para amenizar os efeitos negativos da doença, da hospitalização e do tratamento que tanto ameaçam o seu desenvolvimento normal (VALLADARES; CARVALHO, 2006, p.353).

O retorno ao meio social se dá a partir da alta médica, onde a criança precisa de imediato mudar sua rotina para se readaptar a sua vida social pós-internamento, e para que seu corpo físico não venha se sujeitar ao mesmo tratamento feito durante a hospedagem no hospital.
A partir de então, começa pouco a pouco a se restabelecer, num processo lento e a praticar algumas coisas que fazia com menos intensidade e mais cautelas.
A criança começa a valorizar mais o grau afetivo entre as pessoas desde a primeira internação, tanto para amigos, companheiros, filhos, familiares e pessoas do seu vínculo diário e escolares.

[...] Assim, essa criança ao retornar à sala de aula e aos seus familiares terá possivelmente melhores condições de prosseguir com o conteúdo escolar e sua volta ao meio social e ao espaço escolar poderá ser mais amena, sem rupturas abruptas [...] (MARTINS, 2010, p.107).

Pois é só na fase da internação que podemos observar o quando é fundamental a vida regularmente seguida e sem dores. A sensibilização emocional fica equilibrada somente com o passar do tempo, e a reaproximação da vida cotidiana.
A internação prolongada e a sequencia de internamentos em que a criança se submete no ambiente hospitalar, também deixa o seu emocional um tanto fragilizado.

Considerações

Muito ainda precisa ser feito pela educação na classe hospitalar, ampliando espaços, valorizando o pedagogo hospitalar e dando suporte pedagógico, físico e material educativo para desenvolver um trabalho de qualidade.
A doença e a hospitalização trazem para a criança grandes barreiras no exato momento em que ela está se desenvolvendo intelectualmente, portanto, surge a necessidade da prática educativa e artística no ambiente hospitalar.
Segundo Fonseca (2003, p.65), a criança aprende por meio de tudo que ela faz, de tudo o que está ao seu redor. Então, o pedagogo hospitalar mostra que este momento existe a possibilidade de aprender, conhecer e se desenvolver.
Este estudo buscou valorizar e incentivar a arte e suas linguagens no contexto hospitalar, mostrando valores e influências desta prática para a recuperação e o desenvolvimento do psicológico e intelectual da criança hospitalizada.

Referências

ALMEIDA, Telma Teixeira de Oliveira. Jogos e brincadeiras no Ensino Infantil e Fundamental, Telma Teixeira de Oliveira Almeida. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2011.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal n° 8.069, 13 de Julho de 1990, v. 2010.
________. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte, Brasília; MEC, SEF, 1997.

________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Circular Nacional para a Educação Infantil – Brasília: v.2, p.83-113, MEC/SEF, 1998.

________. Ministério da Educação. Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias e orientações. Brasília: MEC/SEESP, 2002.
________. Constituição da República Federal do Brasil, 05 de outubro de 1988.

BONA, Paschoal. Método Completo de Divisão Musical. Edição 20. São Paulo: Irmãos Vitale, 1999.

FERREIRA, Caroline Cristina Moreira; REMEDI, Patrícia Pereira; LIMA, Regina Aparecida Garcia de. A música como recurso no cuidado à criança hospitalizada: uma intervenção possível? Revista Brasileira de Enfermeira REBEn, 2006 set-out; 59 (5): 689-93.

FIGUEIRÓ, João Augusto Bertuol; ANGELOTTI, Gildo; PIMENTA, Cibele A. de Mattos. Dor & Saúde Mental. São Paulo: Atheneu; 2005.

FONSECA, Eneida Simões da. Atendimento escolar no ambiente hospitalar / Eneida Simões da Fonseca. – São Paulo: Memnon, 2003.

FONTANA, Maria Iolanda; SALAMUNES, Nara Luz Chierighini. Atendimento ao escolar hospitalizado - Smec. In: MATOS, Elizete Lúcia Moreira (org.). Escolarização hospitalar: educação e saúde de mãos dadas para humanizar. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

KRYMINICE, Andressa Oliveira de Souza; CUNHA, Célia Regina Algarte da. As Múltiplas linguagens artísticas e a criança enferma. In: MATOS, Elizete Lúcia Moreira (org.). Escolarização hospitalar: educação e saúde de mãos dadas para humanizar. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

MARTINS, Sônia Pereira de Freitas. Hospitalização escolarizada em busca da humanização social. In: MATOS, Elizete Lúcia Moreira (org.). Escolarização hospitalar: educação e saúde de mãos dadas para humanizar. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

MATOS, E. L. M. & MUGIATTI, M. T. F. Pedagogia Hospitalar. Curitiba: Champagnat. 2001.
Música Comida de Titãs. Disponível em: http://letras.terra.com.br/titas/91453/ Acesso em: 11/05/2012.

VALLADARES, Ana Cláudia Afonso; CARVALHO, Ana Maria Pimenta. A arterapia e o desenvolvimento do comportamento no contexto da hospitalização. Revista da Escola de Enfermagem USP, São Paulo, 2006; 40 (3): 350-355.





[1] Define-se atenção, sendo um processo cognitivo pelo qual o intelecto focaliza e seleciona estímulos, estabelecendo relação entre eles. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Atenção. Acesso em: 10 set. 2013
[2] O conceito de dor adotado pela International Association for the Study of Pain (IASP) em 1979, afirma que ela é ao mesmo tempo uma experiência sensorial e emocional e, além disso, um fenômeno completamente subjetivo.
[3] Música é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante o som (BONA, 1999, p.5).
[4] Catarse refere-se à purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama. Disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/Catarse. Acesso em: 10 set. 2013)

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